02/01
Ruínas de Bonampak.
Com tudo meio mofado seguimos nossa viagem. De Palenque pegamos uma Van, fomos para Cruzeiro/San Javier e de lá pegamos um táxi para Bonampak. A estrada até Cruzeiro está em meio às escolas comunitárias e casas bastante simples. É a vida rural do México. Ao longo da estrada vemos muitas placas de incentivo à preservação do meio ambiente. Paramos para comprar galetitas em Ocosingo, uma cidade independente Zapatista. O coração bate mais forte.
“Aqui el pueblo manda y el gobierno obedece”
As ruínas de Bonampak, em meio à selva, são rodeadas por uma serra gigantesca. A visão a partir das ruínas mais altas é incrível. À nossa frente está a imensa serra que fica ainda mais bonita devido as nuvens que cobrem seu topo. O sítio arqueológico de Bonampak é bem pequeno, mas emocionante, porque lá estão belíssimos murais coloridos narrando acontecimentos importantes do povo que ali habitara, tais como a apresentação do filho do rei Chaan Muan II à classe dominante junto a uma importante procissão com músicos e mascarados de diferentes divindades; uma batalha realizada entre Bonampak e outro povo; cenas de torturas e de mulheres que furavam a língua em ritual de sacrifício.
MULHERES FURAM A LINGUA EM RITUAL DE SACRIFICIO:
REI Chaan Muan II APRESENTA O FILHO À NOBRESA:
ESTELA:
Os indígenas das barracas de artesanatos são muito bonitos. Usam túnicas coloridas e são em grande parte mulheres e crianças.
De Bonampak com o mesmo taxista, Marcelino, vamos para o povoado de Frontera Corozal, na fronteira com a Guatemala. Marcelino nos mostra com orgulho a parte da floresta que é cuidada pelo povo de San Javier, sua cidade. A outra parte, ao final de San Javier, é realmente dominada pela pastagem, pela agricultura ou está ociosa. A mata é escassa. Marcelino nos fala de 2 línguas que são faladas naquela região. É engraçado, porque nossa formação fonética não nos permite emitir alguns sons comuns para Marcelino. Brincamos um pouco com isso enquanto fazemos perguntas para ele. No taxi está conosco uma suíssa, Corina, e sua filha de 5 anos, Lu. Marcelino nos deixa em Frontera Corozal. Amanha pegaremos o barco para Yaxchilán.
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