terça-feira, 10 de janeiro de 2012
04/01
Monte Bellos
As 4 da manha pegamos a Van com o mesmo motorista do dia anterior, que nos deixou em Tizicao, povoado que dá acesso à Monte Belos. Estava muito frio e neblina. Ficamos na hospedagem de Hector. A família de Hector (ele, a esposa e dois filhos) vive numa casa junto aos quartos que alugam. Em um fogão à lenha Iolanda (esposa de Hector) faz café e tortillas tostadas.
RESTAURANTE ONDE TOMAMOS CAFÉ DA MANHA:
O ambiente é muito simples e aconchegante. É bom estar ao lodo do fogão à lenha porque faz muito frio fora da casa. A hospedagem (os quartos) é muito organizada e de boa qualidade. Ao lado da casa/hospedaria vive a família de Iolanda. Ali se concentra o núcleo familiar: as noras auxiliam a mãe de Iolanda na cozinha e nos outros afazeres domésticos, as crianças brincam em volta do fogão de lenha e de um aquecedor feito com uma panela cheia de lenha em brasa. As pessoas e os animais da casa se juntam em volta deste aquecedor. Junto-me a eles. A mãe de Iolanda é bastante séria, não faz muita questão de conversa. O pai diz que nos parecemos com os galos. No frio ficamos quietos, encolhidos. No calor estamos alegres, falamos bastante, não paramos quietos. Conversamos sobre nossas casas, algumas diferenças culturais, faço perguntas sobre o cotidiano deles. As mulheres são bastante curiosas em saber se tenho filhos e se sou casada. Converso um bom tempo com uma cunhada de Iolanda de 22 anos que me conta que sua filha lhe foi tirada pela família do marido anterior há 2 anos. Hoje a menina tem 4 anos. Conversamos sobre crianças, jogo de pelota, escola, opressão às mulheres e muitas outras coisas. Depois me junto às crianças e soltamos algumas bombinhas na rua e estrelinhas (aquela que se coloca fogo na ponta e se gira bem rápido...), olhamos juntos um mapa para ver a distancia entre Brasil e México, o filho menor de Hector e Iolanda que está no 2. ano primário lê para mim os nomes dos países da America Latina.
Neste mesmo dia saímos com Hector para um passeio pelos lagos, mas era impossível ver qualquer coisa porque havia muita neblina. Fomos até a Guatemala, já que o povoado de Hector fica bem na fronteira México/Guatemala. Havia uma feira grande de artesanatos, mas apenas isso. Não parecia haver casas por perto.
Decidimos ir embora no dia seguinte, pois faz muito frio e, devido à neblina, não conseguiremos ver os Lagos nem tampouco a bela paisagem do lugar.
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