segunda-feira, 19 de dezembro de 2011



16.12 (sexta) - Chegada na cidade do México.
A cidade do México tem uma coisa muito boa que eu não vi em nenhum país da A. Latina que conheci: o metrô é muito próximo do aeroporto. Com dez minutos de ônibus (que custa muito barato) se chega à estação mais próxima deste sistema de transporte que cruza quase que toda a cidade. Isso é muito bom, mas...



PRIMEIRA EXPERIÊNCIA NO TRANSPORTE PÚBLICO DA CIDADE DO MÉXICO.
Chegamos ao metrô por volta das 8:00hs da manha e tudo estava muito tranqüilo. Poucas pessoas e bastante solícitas nos davam informações do local para onde iríamos. Fizemos a primeira baldeação. Pense no metrô Sé as 18:00hs de uma quarta-feira. Mas pense numa verdadeira batalha que se trava entre os que querem sair e os que querem entrar. E tudo rola numa boa, sem stress ou xingamentos (no Brasil é de longe mais tenso). Na cidade do México parece que as pessoas sabem que a realidade é essa mesma, então, não adianta estressar. A questão é entrar - e sair - do metrô. E as pessoas parecem até se divertir com isso. E não tem essa de velhinhos ter prioridade não. Tinha uma senhora que estava do meu lado querendo entrar e que corajosamente - e sorrindo - se jogou contra o grupo contrário. Angela conseguiu ir no primeiro trem. Eu, como estava com três bagagens só consegui - até agora não sei como - ir no segundo trem. Pense numa lata de sardinha. Mas naquelas em que você fica na ponta dos pés porque é erguido pela multidão. E aí tome batalha pra entra e sair do trem e você é arremessado pra frente e pra trás ao entrar e sair das pessoas. Pra ajudar eu desceria na 15a. estação (aproximadamente). Depois da quinta estação muitas pessoas desceram e a paz reinou no trem. Mas eu tentava me reconstruir da experiência empírica do transporte público na C. do México. Nada muito diferente do metro de São Paulo.


Enquanto Maíra e Angela batiam papo em casa, Nuno me levou para comer barbacoa em uma feira bem perto da sua casa. A feira tem cerca de 800m na calçada. Há lugar para comer e para comprar verduras e frutas. Um ambiente bem popular e agradável. Tomamos caldo de cabra e uma barbacoa recheada de carne de porco. Gostei. Há vários tipos de pimentas deliciosas que não são tão fortes (as da Bahia, por exemplo, são mto mais fortea. Não dá pra comer na mesma quantidade) e que dá pra comer à vontade (quer dizer, mais ou menos. Na verdade, no dia seguinte sofri um pouco...).
Na Cidade do México tudo se come com pimenta: doce, coco verde, suco, pirulito de crianças, frutas, milho, sabugo de milho... você tem que falar muito rápido que não quer pimenta.





Fomos fazer um passeio com Maíra. Conhecemos a UNAM - Universidade autônoma do México e seus lindos murais.




Fomos conhecer a casa azul, onde Frida Khalo viveu com Diego Rivera.
CASA DE FRIDA KHALO




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Apesar de todos os conflitos entre Frida e Diego, era difícil não viver maravilhosamente naquela casa. Arquitetura belíssima, decoração maravilhosa, azul profundo, um jardim lindíssimo. A cozinha é simplesmente linda. Nem dá pra acreditar que se cozinhava com aqueles utensilhos de porcelana, tamanha é sua delicadeza. Parecem mais objetos de decoração.
Nas pinturas de Frida, em seus escritos, na própria decoração da casa se percebe seu amor incondicional por Diego.

“Jamais em toda minha vida esquecerei tua presença. Me encontraste destroçada e me devolveste inteira”. Frida Khalo.



Sua casa, apesar de representar a cultura mexicana, representa principalmente a profundidade de Frida, de sua vida e de sua forma de vive-la e vê-la.
É emocionante ver fotos de Frida e Rivera. As pinturas são maravilhosas. É lindo ver como Frida realmente se via e se pintava, mas a fotografia nos aproxima dela, de Diego e de sua história de uma forma especial. Nas telas vemos Frida por Frida. Suas cores, suas expressões nos aproximam de uma Frida profundamente bonita em todos os sentidos. Sentimos parte de sua dor. Suas cores nos alegram, nos enternecem, nos emocionam. Hipnotizam. Mas a fotografia nos aproxima de seu cotidiano com sua mãe, tias e seus parentes sempre com suas roupas típicas lindas, seus penteados, seus coques. A fotografia eternizou seus momentos.







Após sairmos da casa azul passeamos pelo simpático bairro onde está localizada a casa. Bairro colonial, repleto de restaurantes, bares, belas igrejas e construções históricas. Passamos em um mercado público onde compramos frutas secas, roupas e comemos. Comemos maiz (milho), mas apenas os caroços com muito chilli. A boca queimava porque a temperatura era alta e porque pica mucho!
Jantamos num restaurante bem agradável e tomamos nossa primeira cerveja: Índio.












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