segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

23/12 (quinta-feira)
Valladolid
Chichén Itzá



De todos os sítios arqueológicos conhecidos até o momento Chichén Itzá não foi para mim apenas o mais bonito, mas, sobretudo o mais emocionante. Além da beleza arqueologia (o sítio é enorme, com grande e belas construções), estamos numa verdadeira aldeia maia. Há muitos deles vendendo suas artesanias. É como se as peças, os monolitos e as máscaras do Museo de Antropologia do DF criassem vida. São eles que estão agora de calça jeans, boné e tênis hablando conosostros.









A cada parte do sítio que andamos temos uma surpresa. São belíssimas construções com desenhos em seus grandes tijolos. Cada um tem um significado bastante complexo nos explicam os guias (sempre senhores de idade, nunca há guias jovens). Há um grande campo para juego de pelota (o Maracanã deles, como disse aqui Angela). Em cada time havia um capitão que ficava parado em um posto fixo no alto de uma espécie de arquibancada. Os jogadores lhe jogavam a pelota. Se ela batesse no circulo de concreto (a trave deles) fazia-se um ponto. Se ela entrasse no buraco que há no centro desse círculo, ganhava-se o jogo. O capitão do time campeão tinha a cabeça decepada. Aos deuses deveria ser oferecido o que se tinha de melhor entre os homens. Seus futebol tinha, assim, uma função sagrada e ritualística... e bem diferente pros nossos padrões. Decepar a cabeça dos vencedores? Eu hein! rs

CAMPO DE PELOTA e "TRAVE" POR ONDE A PELOTA DEVERIA PASSAR:





A beleza dos artesanatos se junta à beleza desse povo e à beleza das construções. E para completar há muitas árvores, pássaros que gritam no céu e sobre os galhos das árvores, lagartos que andam sobre as construções, homens, mulheres e crianças maias que falam conosco o tempo todo.








Esse lugar parece que nos segura pelo braço. Sinto uma certa angustia na hora de ir embora. Voltaria ali inúmeras vezes porque sei que cada vez veria coisas novas, porque esse lugar me trás paz e porque ali estou mais próxima dos maias. Vontade de ficar mais com essa gente, de conhecer seus pueblitos, ver seu cotidiano. Um dia voltarei apenas para isso. Saudade de Chichén Itzá.





























Um comentário:

  1. Ale! O blog está lindo, com uma sensibilidade ímpar. Sinto a magia desta tua viagem. Aprovechalo mucho!

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